Rotulagem de energia
Através da rotulagem da energia elétrica, é disponibilizada ao consumidor informação sobre o produto que está a consumir.
Para dar cumprimento à Diretiva n.º 16/2018, de 13 de dezembro, da ERSE, a CEVE disponibiliza aos seus clientes informação sobre a origem da energia elétrica que lhes fornece, e os impactos ambientais associados. Com base nesta informação, os clientes podem decidir privilegiar uma escolha ambiental mais sustentável.
Abaixo está representado o mix de tecnologias correspondentes à energia comercializada pela CEVE em cada trimestre.
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Impactes Ambientais
Apesar do significativo aumento da produção de energia proveniente de fontes renováveis ou limpas (que incluem a energia do sol, do vento, das ondas entre outras), que representa atualmente mais de 50% da produção de eletricidade em Portugal, para responder às necessidades dos clientes, as empresas produtoras têm que recorrer também à produção convencional, em centrais termoelétricas que utilizam combustíveis fósseis (como é o caso dos derivados do petróleo e do carvão).
A queima de combustíveis fósseis nas centrais termoelétricas gera impactes ambientais devido à emissão de gases poluentes, contrariamente ao que se passa com as fontes renováveis (exceção feita à queima de biomassa).
Os combustíveis fósseis (gás libertado nestas centrais termoelétricas) resultam através da fossilização de restos de plantas e seres vivos (que contêm carbono) ao longo de milhões de anos. O dióxido de carbono (CO2) é assimilado naturalmente pelas plantas e transformado em oxigénio no conhecido processo de fotossíntese, no entanto a quantidade deste gás emitida para a atmosfera nos dias de hoje e a contínua desflorestação faz com que o ciclo natural de carbono esteja desregulado, provocando o também conhecido aquecimento global, com consequências diretas nas alterações climáticas, como a fusão dos glaciares, o aumento do nível dos oceanos e a subida da temperatura atmosférica (aumento do “efeito de estufa”).
Os restantes gases poluentes, nocivos para a saúde humana, são o dióxido de enxofre (SO2), que pode contribuir para as chuvas ácidas (que têm um impacto negativo na agricultura, nas florestas, nos animais e plantas que habitam lagos e rios, e na erosão de monumentos históricos), e os óxidos de azoto (NOx), que podem contribuir para fenómenos de nevoeiro fotoquímico e também deposições ácidas. São ainda libertadas partículas que, juntamente com o dióxido de enxofre, podem provocar problemas respiratórios. Nas centrais termoelétricas as emissões de SO2, NOx e partículas são fortemente limitadas graças às tecnologias de redução (dessulfuração, desnitrificação e despoeiramento) nelas implementadas.
Também os resíduos radioativos têm um efeito prejudicial, embora a maioria do impacte ambiental resultante destas centrais (pequenas quantidades de resíduos radioativos) está circunscrito às suas áreas de implantação. Apesar de Portugal não ter nenhuma central nuclear, uma parte da energia importada de Espanha tem origem nesta tecnologia.
As fontes de energia renováveis, ainda que algumas possam não produzir emissões atmosféricas, têm ainda assim impactes negativos sobre o ambiente (p.e. ao nível da paisagem, da avifauna, entre outros, e consoante o tipo de fonte/tecnologia).
É muito importante que os clientes da CEVE conheçam as consequências ambientais da energia que consomem, para que alterem os seus comportamentos e promovam uma maior eficiência na utilização da energia elétrica.
Para mais informações contacte-nos, e para mais esclarecimentos sobre as fontes de energia consulte o site da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos em www.erse.pt.